Chegou até mim a poucos dias uma senhorinha simpática aparentemente de boa ídole. Ela estava com um pequeno livro nas mãos chamado "Manual de civilidade para moças". Me pareceu bem preocupada e carregando nas costas as dúvidas do mundo.Primeiro me perguntou onde ficava a padaria, bastante desinteressada, apontei sem me mexer para a direita onde fica a Casa do Pão. Quando pensei que estivesse satisfeita, ela me perguntou e As mulheres, onde ficam os dois buracos das mulheres? Sim por que neste ivro que tenho nas mãos, diz que nós mulheres temos dois buracos! Me pareceu bem preocupada. Eu sem me movimentar novamente apontei-lhe para os meios de suas pernas. Apontei-lhe a gruta. Digo gruta em alusão a um poema de Elisa Lucinda que ainda não decidi se gosto ou não. Aliás Elisa Lucinda para mim é uma incógnita às vezes gosto desgostando. Ela olhou na direção em que meus dedos apontavam e quando voltou a me fitar entreguei a ela o livro "Vaginas:Manual da Proprietária". Ela me pareceu desnorteada. Saiu rapidamente. Um olhar desatento poderia deduzir que a senhorinha estivesse indo para casa fazer um chá e tricotar um pouco enquanto assistia a novela das seis sobre uma gruta sagrada. Eu, já que tive tempo de pensar e observar acredito que ela ia em busca do primeiro espelho. Há, ela levou meu livro.
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