segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

una mano en la madera

camine por el barrio
escuche el grave
escuche la barba pasar por mi cuello
senti una mano en la madera
tallada mi cadera
mano que no siente las imperfecciones de mi piel de invierno

deixa eu pensar

Me deixa pensar só um pouco que ainda é possível
Que anda dá pra conviver
Chamar de amigo
Me deixa pensar mais uma vez que o mundo é maravilhosos
Desde que faça as coisas direito
Livrei-me das religoiões mas não das crenças
E quando te vejo negro bonito
Grande
Penso que as cisas são como são e vco
Se vinga de mim
Me faz pensar-me côo idiota
E quando veho você jmulher mãe de filhas
E quandpo vejo vocês quase filhos emus chamndo-me de tola
De idiota
De escrota por ter acreditado tanto em vocês penso que aondaé possível e o erro está em mim
Me deixa acreditar que é possível mudar
Por que nos últimos meses envelheci alguns anos
E o mundo não cabe mais dentro de mim
Eu dentro dele pareço nem existir
Não não é a carta de minha morte
É a carta de meu suicídio
Carta de morte é despedidada
De siucidio pra mim é de rancor
Penso em você negro grande bonito
Penso que a mentira está estampada nos teus olhos castanhos elucidados pelo branco dos cantos das suas vistas
Me olhou e uma tola pensou estar vendo
Estava certo
Idiota imbecil e escrota
Acreditei que nas relações para além de um mero trabalho existisse humanidade
Existisse vontade de fazer realizar
Me deixa imaginar que amanhã quando evocar minhas forças pra contninuar caminhando
Todas as vezes que me cnoctrar com você que eu possa sim entender que existem reações de antepassados girando nos nossos gens
Meu dna me diz que você não me suporta
Me diz dane-se sua tola
Não não me deixa acrediatr que fiu simplesmente tola
v/ê um pouco de sagrado nas coisas que dfiz e falei pra além da retória
da canalhice e do egoísmo
será que dá ainda pra ver o mundo maravilhosos
no céus pássaros azuis voam me mostrando que ees também estãos em árvore e enem por isso deixam de voar e se alimenar e pensar
me deixa pensar que auando te encontrar denovo orancor não vai me consguimr e que todos os espelhos que refletirem sua imagem me msotrarão sentada boaquiaberta com sua atitude
com sua canalhice
me mostra negro
me mostra mulher mãe de filhas
bonito sim
triste também
infelkliz desgraçado
te odeio proq eu me mostra como sou tol
ae talvez muito egoísta
merda merda merda merda merda
merda

quando vi que as coisas nao iam bem contigo

Quando ví que as coisas não iam bem contigo, pensei que a lógica das vírgulas é que estaria te afligindo. Se preocupa tanto com sua estilística que qualquer outro motivo me soava como tonto, como idiota, como aquilo pelo qual não vale a pena derramar pensamentos, principalmente por sobre aquela hora chata do dia, tipo uma seis, quando ainda não é noite mas dia também já não é mais. Essa hora pra mim é uma espécie de adolescência cotidiana. Uma deprezinha de calendário que chamo - cansaço da sobrevivência. Chegar a esse momento do dia, é sobreviver às mil mazelas de uma cidade inusitada e ao mesmo tempo tediosa, com informações novas a todo o momento, e ao mesmo tempo repetitiva no mais do mesmo, no mesmo, a esmo. Sempre que te olho penso em como isso tudo é banal pra você e o quanto as mudanças que ocorrerão na língua portuguesa te tomam tempo. O trema, os por quês... Quer saber tudo a respeito, cada ponto a ser mudado, cada vírgula! Sei da falta que as vírgulas fazem, sei da falta das vírgulas, faz três dias, dezesseis horas, vinte e um minutos que você não olha diretamente nos meus olhos que são em sua direção dois pontos de interrogação exclamando: Merda! Não tá me vendo? Não tá vendo a cidade? Eu tô falando dela! Da cidade! E cada vez que aprofundo meu olhar em você como um zoom endoscópico, te dilacero o fígado, dentro de mim. Vou continuar te olhando e ver no que dá. E vou chamar minhas amigas todas pra sentarem na sala de estar completamente nuas, rindo e tomando vinho barato daqueles vendidos em garrafa plástica enquanto falamos de quem consegue através de seu instrumento de absolver o mundo, Os olhos, Dialogar com outros e, não construir uma barreira, com dois pingüins de geladeira em cima. E pra ser bem democráticas, vamos falar também dos ouvidos, para aqueles que não enxergam. E também do tato para aqueles que não ouvem, nem enxergam, e talvez do olfato para os insensíveis, que não ouvem e não enxergam. E para sermos bem burocratas, isso tudo será dito e registrado em uma ata, lavrada por mim, assinada por todas, transformada em memorando e entregue acompanhada de um ofício todos aqueles que vivem como alfaces, e que tem na hora da salada, enquanto são devorados com azeite e limão, seu momento de glória.