domingo, 10 de abril de 2016

te escrevo em outros tons agora
me pareceu que a mensagem anterior foi pra outra parte de você
essa aqui é praquela das curvas perigosas

te escrevo meio escondido de mim
num tom de azul fim do dia começo da noite
hora da desesperança
todo dia, nessa hora, eu morro

quase todo dia

domingo
essa foi a hora do beijo 
da névoa exclusiva
do vento de maresia 
da gargalhada cúmplice 

me xilogravou
com tinta de sal 

te beijo com gosto de serenata sem multinacional

p/TZC
em 10/12/2013

e sua resposta
morra mais no cobalto azul do fim das tardes
mas guarde-os no registro dos seus retratos
estarei aqui, de hoje até Deus sabe quando 
espero, contudo, uma surpresa:
apareça
pérolas da Itzi com 3 anos!

Mãe, eu quero uma coisa quentinha que é você!
27/03/2015

você está com 5 reais de febre! 

Macacunda
Procodilo
popessora
porpureza
bananaNica
frangoesa
   malabarismas

ternometro

quinta-feira, 24 de julho de 2014

há o cerrado!

há o cerrado! eu sou de lá, árvore de tronco torto meio no céu e querendo beber da água no fundo da terra...e a caatinga é onde mora meu coração cangaceiro, minha raíz...sem falar no sertão de minas de onde saiu metade de mim=sou candanga.Alí de perto de onde travaram a PEC que protege minhas irmãs.Minha família verde, amarelada cor de terra.

domingo, 13 de janeiro de 2013

12 dias 12 meses

12 dias
os Proximos 12 meses

Que dia 'e hoje? dia 13

sábado, 16 de julho de 2011

hoje conversei com um imbecil

então

"hoje conversei com um imbecil"...assim começava a carta de número 1.237 de Menfis...ela que mostrava cada letra escrita para Juntes seu amigo que faz as correções se concentrava a cada frase colocada...Juntes com cara de acostumado olhava pacivamente esperando o momento de agir e arremessar vírgulas em direção ao seu texto.Naquele dia quando leu a primeira frase Juntes inclinou-se um pouco mais do que de costume por sobre aquela mesa de ferro tubulado branca que na beira da praia já havia se tornado morada para os seres inviviveis que habitam a maresia...Sim ele se inclinou por conta da segunda frase na verdade que era ...sem ao menos me conhecer chamou-me de engajada,marxista e pragmática! Não que não seja estas três coisas ou nenhuma destas, a hitória me deixa puta da vida porque me faz lembrar dele do imbecil!" Como poderia ele me adjetivar assim? 



ameaçava tacar fogo na sua própria casa caso os invasores não saíssem...não fico aí ocm vocês.vOu tacar fogo em udo,quer ver? Não,então chamos a polícia e pronto...quer ver?
Não...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

una mano en la madera

camine por el barrio
escuche el grave
escuche la barba pasar por mi cuello
senti una mano en la madera
tallada mi cadera
mano que no siente las imperfecciones de mi piel de invierno

deixa eu pensar

Me deixa pensar só um pouco que ainda é possível
Que anda dá pra conviver
Chamar de amigo
Me deixa pensar mais uma vez que o mundo é maravilhosos
Desde que faça as coisas direito
Livrei-me das religoiões mas não das crenças
E quando te vejo negro bonito
Grande
Penso que as cisas são como são e vco
Se vinga de mim
Me faz pensar-me côo idiota
E quando veho você jmulher mãe de filhas
E quandpo vejo vocês quase filhos emus chamndo-me de tola
De idiota
De escrota por ter acreditado tanto em vocês penso que aondaé possível e o erro está em mim
Me deixa acreditar que é possível mudar
Por que nos últimos meses envelheci alguns anos
E o mundo não cabe mais dentro de mim
Eu dentro dele pareço nem existir
Não não é a carta de minha morte
É a carta de meu suicídio
Carta de morte é despedidada
De siucidio pra mim é de rancor
Penso em você negro grande bonito
Penso que a mentira está estampada nos teus olhos castanhos elucidados pelo branco dos cantos das suas vistas
Me olhou e uma tola pensou estar vendo
Estava certo
Idiota imbecil e escrota
Acreditei que nas relações para além de um mero trabalho existisse humanidade
Existisse vontade de fazer realizar
Me deixa imaginar que amanhã quando evocar minhas forças pra contninuar caminhando
Todas as vezes que me cnoctrar com você que eu possa sim entender que existem reações de antepassados girando nos nossos gens
Meu dna me diz que você não me suporta
Me diz dane-se sua tola
Não não me deixa acrediatr que fiu simplesmente tola
v/ê um pouco de sagrado nas coisas que dfiz e falei pra além da retória
da canalhice e do egoísmo
será que dá ainda pra ver o mundo maravilhosos
no céus pássaros azuis voam me mostrando que ees também estãos em árvore e enem por isso deixam de voar e se alimenar e pensar
me deixa pensar que auando te encontrar denovo orancor não vai me consguimr e que todos os espelhos que refletirem sua imagem me msotrarão sentada boaquiaberta com sua atitude
com sua canalhice
me mostra negro
me mostra mulher mãe de filhas
bonito sim
triste também
infelkliz desgraçado
te odeio proq eu me mostra como sou tol
ae talvez muito egoísta
merda merda merda merda merda
merda

quando vi que as coisas nao iam bem contigo

Quando ví que as coisas não iam bem contigo, pensei que a lógica das vírgulas é que estaria te afligindo. Se preocupa tanto com sua estilística que qualquer outro motivo me soava como tonto, como idiota, como aquilo pelo qual não vale a pena derramar pensamentos, principalmente por sobre aquela hora chata do dia, tipo uma seis, quando ainda não é noite mas dia também já não é mais. Essa hora pra mim é uma espécie de adolescência cotidiana. Uma deprezinha de calendário que chamo - cansaço da sobrevivência. Chegar a esse momento do dia, é sobreviver às mil mazelas de uma cidade inusitada e ao mesmo tempo tediosa, com informações novas a todo o momento, e ao mesmo tempo repetitiva no mais do mesmo, no mesmo, a esmo. Sempre que te olho penso em como isso tudo é banal pra você e o quanto as mudanças que ocorrerão na língua portuguesa te tomam tempo. O trema, os por quês... Quer saber tudo a respeito, cada ponto a ser mudado, cada vírgula! Sei da falta que as vírgulas fazem, sei da falta das vírgulas, faz três dias, dezesseis horas, vinte e um minutos que você não olha diretamente nos meus olhos que são em sua direção dois pontos de interrogação exclamando: Merda! Não tá me vendo? Não tá vendo a cidade? Eu tô falando dela! Da cidade! E cada vez que aprofundo meu olhar em você como um zoom endoscópico, te dilacero o fígado, dentro de mim. Vou continuar te olhando e ver no que dá. E vou chamar minhas amigas todas pra sentarem na sala de estar completamente nuas, rindo e tomando vinho barato daqueles vendidos em garrafa plástica enquanto falamos de quem consegue através de seu instrumento de absolver o mundo, Os olhos, Dialogar com outros e, não construir uma barreira, com dois pingüins de geladeira em cima. E pra ser bem democráticas, vamos falar também dos ouvidos, para aqueles que não enxergam. E também do tato para aqueles que não ouvem, nem enxergam, e talvez do olfato para os insensíveis, que não ouvem e não enxergam. E para sermos bem burocratas, isso tudo será dito e registrado em uma ata, lavrada por mim, assinada por todas, transformada em memorando e entregue acompanhada de um ofício todos aqueles que vivem como alfaces, e que tem na hora da salada, enquanto são devorados com azeite e limão, seu momento de glória.   

terça-feira, 24 de agosto de 2010

peito mofado

peito mofado
bactérias pegajosas
pegando gotas da chuva com a lingua das meninas
as que pingam da janela do quarto

muito sono

uma pessoa com muito sono consegue criar todos os argumentos para ela mesma manter-se na cama consegue dar todas as voltas nela mesma.

o cliche

é sempre preferível partir de um clichê que chegar a ele...

27

no dia em que descobri as cores, descobri que era adotada por pessoas negras.
quando criança eu pensava que nao tinha cheiro, sentia o cheiro de todas as minhas amigas menos o meu.

26

mulheres sorriem quando fazem bom amor.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

eu só senti sua falta quando te encontrei
quando você não existia no meu campo de visão eu não podia senti-lo
você se diluiu em tres emails mal escritos

somos sete...alguem sobra

meu pensamento pode viajar com rapidez entre países
encontra espaço nos fuso hora´rios pra juntar todos vocês num mesmo dia hora e lugar
enquanto um cozinha pra mim
o outro coloca a música
e o terceiro fala comigo sobre alguma banalidade com muito fervor
os tres acendem um baseado
e falamos agora os quatro a respeito de
Sara, a Chilena e NAtalie
falamos das outras mulheres todas que eu compartilhei com vocês
através de nosso sexo desnudo
elas estão presentes em mim
e eu sou livre delas
mas vocês não
eu sou livre de vocês
mas vocês não se livram de mim facilmente
na nossa conversa
os sinto tão presentes e ao mesmo tempo de malas prontas
o fuso hor´´ario
o tempo perdido no tempo
a janela que me abriu esta possibilidade já quer se fechar
mas eu antes disso quero juntarls tods a minha frente e dar lhes em cada um um beijo bem carinhosos nos seus membros tão distintos
de tamanhos cores e formas distintas
membros distintos
de tamanhos holores e texturas distintas
os tres me encantarm muito
me encantam ainda
me fazem enlouquecer e ser fiel a casa um dos três
meu corpo poderia recebelos juntos
mas não meu coração
minha cabeça poderia organizar encontros
mas minhas sensações talvez estivessem diluídas
eu teria um filho com vocês três
não um de cada
mas um para os três
concebidos num mesmo dia
em pequenos momentos
no outro dia sentiria muita dor
mas feliz teria entre minhas pernas os sabores e as delícias de cada um desses mebros coloridos
homens deliciosos
complexos
loucos
cheios de tesão pela vida
com um universo dentro do saco
com um niverso entre as mãos
com estrelas nas pontas dos dedos
que ai fricionar minha buceta me fazem ir até oinferno
o lugar mais quente que eu posso imaginar agora
expurgár-los todos os três da minha vida não é fácil
mais difícil ainda expulsa-los do meu útero
ardido
machucado
maltrtado pelas estocadas dadas com vontade
e solicitadas no ouvido em cada lingua
em frances
em portugues
em espanhol
se a janela fechar antes de eu dar esse beijinho carinhoso em vocês
por favor me perdoem
mas sintam na ponta dos dedos meu clitóris que lhes acompanha
e sem querer toca o clitóris das outras tres

dor no meu útero

a dor no meu útero
só me lembra você
a dor no meu útero
me faz te sentir fora de mim
a dor no meu útero
me faz sentir seu pau tentando entrar
a dor no meu útero
me faz pensar que a vida pode nascer de uma mera foda!

hoje eu reencontrei

Se eu te digo hoje que quero me arriscar com você
ridiculo vai te parecer não?
depois de tanta comodidade
de tanto te conhecer
de saber de cada curva
hoje te desconheci
e isso me apaixonou
senti nossos corpos treinados por outros membros
por outros dedos
por outras linguas
outros órgãos
e a distancia me aproximou de você
e a curiosidade pela minha capacidade de manter alguem na minha vida me fez me apaixonar por você
me fez pensar em todas as partidas de xadrez que não joguei com você
em todos os livros que não lí com você
em todas as músicas e comidas não compartilhadas
em cada pimenta e tomate não cultivado
e nos carinhos não dados a nossa
sua cadela

sábado, 8 de agosto de 2009

32 - Pitambora - Tucacas e etc

31 - O basco, sua casa fria e sua niva argentina

31 - O basco, sua casa fria e sua niva argentina

30 - Juan e Juan...depois Vero...

29 - Juan e Valentina...sexo sem amor, ciúmes totais...

28 - Eu ia fugir de Juan mas não pude...

27 - Uma suruba de couchsurfing

Quando cheguei em Maracibo completamente detonada e sentindo uma dor profunda por ter deixado Juan, me esperavam num hotel barato Daniela, Mariano e Gustavo, cheguei para dormir, demos uma volta pela cidade e quando voltamos para o quarto com uma garrafa de rum e outra de coca-cola a suruba estava pronta...

eu pedia mais, pedia faça com vontade...o deixei desmoralizado...mas meu corpo não podia, quando gustavo e Dani desceram pro quarto de gustavo eu fiquei com Mariano e tomamaos banho juntos, eu nua parada na bporat do banheiro conversava sbre banalidades...depois na cama falavamos de amores possíveis...não sei , me parecia bacana estar ali com ele, debaixo do lençl nus sem dizer nada...mas...ele logo tentou algo, eu desconsolada me deitei no colchão no chão e dormi...acordei no outro dia e fui desesperadamente buscar um telefone pra falar com Juan...por quarenta minutos faamos e a dor stav grande...gsatei quase vne reais em uma ligação, Juan me empobreceu muit nesta merda de viagem à Venezuela!

26 - de kusturika e seu filho

O centro Cultural Salmon em Bogotá estava sempre aberto, estive aí com Nádia por algumas vezes, justo no dia em que não aparecemos o filho de Kustirika apareceu...filho da puta...fez uma lista de pesoas pra entrarem no concerto...fizemos uma trampa com estudantes para conseguir bilhetes de estudantes, fuumamos um antes de entrar no show e depois quando caminhavamos vimos o filho dele vindo com uma galera...depois da festa no Salmon , a policia chegou e o grupo da casa começou a asolicitar que as pessoas saíssem...ele deu um chilike como que diendo sabe com quem está falando?

quarta-feira, 22 de julho de 2009

25

sobre o dono da loja ladrão de diários e como me livrei do passado em um saco preto

24

sobre diógenes o personagen da casa mal assombrada

23

o teatro do iinvisível me camufla
faço cara de quem entende
e entendo,
mas,
finjo de fazer cara de que não entendo
sei que não passará nada
sei que a perfeição não existe

22

Ela sentava ouvindo Osho, Cristo e Walt Withman
De liberdade e contradição
Liberdade e forma
La multiplicidad inpensable
A fonte da religião
los símbolos
las ilustraciones
perdido esta quien no escucha su proprio corazon
consciência sou ele
sem palavras, em todo pensamento
por uma parte da idéia e da reflexão
temos que recorrer a nosso espelho interno
para mirar nos olhos

21

quem vir as fotos de maria e nadia
vai pensar que elas são os tipos
mulheres colombianas
e são as mais lindas
não bogotanas
colombianas

chicaspelomundo.blogspot.com

20

fiz comida
fui comida por mosquitos
sangrei em dia errado

19

até com um pouco de medo de escrever
s
será uma necesidade de apoiar-se
sobre o óbvio
apoiar-se de maneira languida
deixar-se levar com expressão atônita
por quem seja

18

estive na porta da casa dela pedindo um lugar pra dormir
conversei e ela me ofereceu uma cerveja
pediu que fosse devagar porque sua filha
de 17 anos
era muito conservadora e da igreja dos mormons
provavelmente se sentiria ofendida com as tatuagens expostas
mas ela me disse que queria saber qual a reação
uma mulher guajira
pele marrom
boca rocha
pelo negro
entrei na casa e ali sentado seu cunhado fazia as honras e me olhava com raiva
aceitei uma cerveja
aceitei duas
a filha de desezzete anos ao contrário do que pensamos foi muito amável
aceitei a terceira cerveja sentada na calçada da casa escutando um vagenato venezuelano que contava uma história triste de amor
na quarta cerveja perguntei se podia trazer meus dois amigos
aqueles de quem comentei
menti que um deles era meu noivo
pra dar mais segurança
e o outro era meu amigo
não podia pedir lugar pra dormir e dizer que andava com dois muchachos argentinos que havia acabado de conhecer
os encontri com cara de preocupados
me procurando perto do hotel barato onde não tinhamos condições de nos hospedar
quando chegamos na casa outra vez
a recepção foi mais calorosa
a mulher, a filha da mulher e o cunhado da mulher
demonstraram tremenda alegria em conhecer os dois moços brancos com cara de bem cuidados que provavelmente não seriam ladrões
tomamos uma cerveja cada um
duas cervejas cada um
eu já não aguentava mais mas, OK
sejamos bons amigos
tomemos cerveja
as conversas variavam variavam
e as meninas voltavam ao ponto de me verem muito distante do meu noivo
eu ive que dizer que ele era quase meu noivo
que na real era um noivo de viagem
ficamos mais íntimas
na 10ª cerveja minha amiga mulher guajira
de boca negra e pelo rocho
me confidenciou ser apaixonada por outra homen
não seu marido
irmao do seu cunhado
que aliás estava viajando
era um outro
um canalha
que a fez largar a família pra ir viver com ele
e descobriu que ele tinha uma mulher esperando um filho
quando perguntou porque não a contou ele respondeu:
porque nao me perguntou
a partir dessa cerveja
e depois de buscar outra caixa com um dos argentinos e seu cunhado
ela só chrava
de soluçar
pela merda de vida que levava
mais sensual ficava a mulher guajira
mais próxima
em deteminado momento enquanto chorava e sua filha olava sem saber que fazer
eu peguei sua mão e apertei bem forte
como que uma amiga
ela se soltou de mim e foi dançar no quintal
o cunhado me olhava e dizia coisas grosseiras
eu respondia a altura mas como uma mulher bem direita
ele me perguntou se eu gostava de drogas pesadas e eu disse que sim
ele me ofereceu
eu aceitei
me disse que ali não tinha
me convidou pra ir buscar outra caixa de cerveja com a cunhada
num carro comprido velho
que não sei o nome
como todos os carros daquela cidade de Maracaibo
com o som no último volume e com o carro em última velocidade arrancamos deixando os muchachos com a menina
a mãe preocupada me perguntou se eles eram de confiança
eu disse que sim
afinal
já tinha desmentisdo a história dos novois
mas daí a adizer que não os conhecia era demais
mas a verdade era que eu confiava naqueles meninos
eram boznhos até demais
saímos
depois que me encontrei com a luz branca da venezuela
a noites e transformou
andar naquele carro escutand vagenatto me parecia a última gloria
alucinada pirava com prédios cores luzes e a gente da cidade
delícia
delícia
deliciaaaaaaaaaaaaaaaa
chegando na casa os muchachos dormindo
e uma descoberta
durante a viagem a mulher guajira revelou que seu amante era na verdade seu cunhado
me pediu segredo depois de dar-lhe um beijo ousado na minha frente
um beijo ousado numa boca sem dentes e com gosto de quimica
que ela apesar de não gostar e não aprovar não ssentiu o sabor
quando chegamos na casa me disse que se tivessemos drogas chamaria a polícia
tinha que ser escondido
eu era cumplice do cunhado na historia da droga
era cumplice dela na historia com o cunhado
e cumplice do argentino que me contou que a filha puritana de dezessete anos propos pra eles sexo casual enquant saíamos pra buscar a inocnete cerveja e olhar os olhos brilhantes daquela noite
rimos um pouco mais
a mulher guajira chorou um pouco mais
balançando seus cabelos marrons e sua boca negra
eu olhei um pouco mais o brilho da noite bem de perto
a menina olhou a mãe
dormimos na varanda
de manhazinha
seis horas o menino me acorda
dizendo vamos embora
vamos embora
me levantei rapido peguei minha bolsa
me despedi dos tres familiares atonios, bebados e loucos por sexo na garagem da casa e saímos
do lado de fora perguntei porque a pressa
e ele disse que o cunhado lhe falou que naquele diz estava louco pra comer o cú de u argentino
o menino teve medo
eu tinha sono...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

17

As lâmpadas tem queimado com mais frequencia percebe?

Hã?

Acho que a fiação tá bem ruim.

Será?

OS fios foram mal escolhidos ou mal colocados.

Há,você está paranóica!

16

absurdinho cotidianos
só meus
madrugada vento fome
será que finjo que sofro?
Pra quem?
OK!
Finjo que sofro”

15

Uma boa companhia pra uma má companhia
pensei que esse fosse você
que me inspirou ultimamente a reagir pela inércia
a deixar tudo se mover só por dentro
enquanto eu
tetraplégica
fico fedendo deitada na cama
lençóis sujos
fronha suja
boca suja
máu hálito
péssimo hábito de deficiência
tenho que me levantar
lavar os pés
seguir voando
sentir mãos por trás
lingua pela frente
minha lingua de molho
no wisk que nunca bebi

terça-feira, 19 de agosto de 2008

14

notei que minhas anotações em determinada época do mês aumentam
anotei isto também
com algumas notas de observação claro
Nota1: pode ser a TPM;
Nota 2: pode ser uma depressão profunda;
Nota 3: pode ser desilução com as novelas;
Nota 4:não acho que com as novelas não;
Nota 5: será?

Na sexta nota cantei.
Na sétima, um notável senhor passou bem perto e cuspiu no meu pé!
Com toda vontade, não me mexi, de nojo, meu cachorro lambeu tudo e ficou por isso mesmo,
senhor mal educado este!
onde já se viu, cuspir no pé alheio nem notar e nem voltar pra lamber!
será que isso não é motivo suficiente para querer dar-lhe um chute no saco?
Ou será que vou ter que esperar o mês que vem pra fazer minha vontade valer e ser notada?
anotadas estas observações dou por encerrada esta mal sucedidade elocubração sobre a minha dificuldade de compor textos com palavras parecidas,
espero que você não note esta tentativa como um fracasso,
mas apenas como uma vontade de ser...

vírgulas fora do lugar, pra mim, são um charme...

13

descobrindo aos poucos o que é ser só
acompanhada por 4sofáscamabox4mesasmuitoslivrosviniscdsdvdsmáscarasmil
sentada olhando pra isso tudo e pensando, que porra é essa?
antes precisava de pouco,
pensava muito
sorria mais
envelheci?
será?
então, morro amanhã, pra depois continuar de pé
sentada, olhando as coisas todas
sem me render a elas
e às pessoas também
sem me render às pessoas
olhares esguios, intenções não colocadas
faltas
ausências
exessos
muitos
diversos
dos mais variados
e faltas
ausências
muitas
variadas
das mais diversas
você viu hoje aquele cachorro?
tinha cara de gente!
Tadinho!
é, tadinho...
pensava que era cão, era mais feliz antes
agora vai se preocupar com
com o medo da mentira
com as desconfianças
aquele outro cachorro que é mais feliz
tem cara de cachorro
é sortudo!
sim, é sortudo!
mas bem que queria ser gente,
articular as palavras, dizer gírias enquanto se entorpece com drogas fabricadas de restos
mortais
estou só o resto
não me pergunte se são as drogas
não vou te responder
o patrulhamento está por toda parte
se uso patrulham
se não uso eu patrulho
pertubo
grito
fico louca!
de raiva
e de cara
sem nada, na cabeça
se não o espectro do problema
da morte e da dificuldade
a certeza de ir embora chegou hoje
quando decidi ficar ela foi embora
eu dormindo sentada olhando as coisas por dentro
eu a ouvi neste momento chamar no portão
aumentei o som
fingi que não ouvi
e fui dormir
sem tomar banho
gelado
que é pra não despertar!

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Obscura

12

Quando ví que as coisas não iam bem contigo, pensei que a lógica das vírgulas é que estaria te afligindo. Se preocupa tanto com sua estilística que qualquer outro motivo me soava como tonto, como idiota, como aquilo pelo qual não vale a pena derramar pensamentos, principalmente por sobre aquela hora chata do dia, tipo uma seis, quando ainda não é noite mas dia também já não é mais. Essa hora pra mim é uma espécie de adolescência cotidiana. Uma deprezinha de calendário que chamo - cansaço da sobrevivência. Chegar a esse momento do dia, é sobreviver às mil mazelas de uma cidade inusitada e ao mesmo tempo tediosa, com informações novas a todo o momento, e ao mesmo tempo repetitiva no mais do mesmo, no mesmo, a esmo. Sempre que te olho penso em como isso tudo é banal pra você e o quanto as mudanças que ocorrerão na língua portuguesa te tomam tempo. O trema, os por quês... Quer saber tudo a respeito, cada ponto a ser mudado, cada vírgula! Sei da falta que a vírgula faz, sei da falta das vírgulas, faz três dias, dezesseis horas, vinte e um minutos que você não olha diretamente nos meus olhos que são em sua direção dois pontos de interrogação exclamando: Merda! Não tá me vendo? Não tá vendo a cidade? Eu tô falando dela! Da cidade! E cada vez que aprofundo meu olhar em você como um zoom endoscópico, te dilacero o fígado, dentro de mim. Vou continuar te olhando e ver no que dá. E vou chamar minhas amigas todas pra sentarem na sala de estar completamente nuas, rindo e tomando vinho barato daqueles vendidos em garrafa plástica enquanto falamos de quem consegue através de seu instrumento de absolver o mundo, Os olhos, Dialogar com outros e, não construir uma barreira, com dois pingüins de geladeira morando em cima. E pra ser bem democráticas, vamos falar também dos ouvidos, para aqueles que não enxergam. E também do tato para aqueles que não ouvem, nem enxergam, e talvez do olfato para os insensíveis, que não ouvem e não enxergam. E para sermos bem burocratas, isso tudo será dito e registrado em uma ata, lavrada por mim, assinada por todas, transformada em memorando e entregue acompanhada de um ofício a todos aqueles que vivem como alfaces, e que tem na hora da salada, enquanto são devorados com azeite e limão, seu momento de glória.

domingo, 27 de abril de 2008

Cafeteria Automática

11

Chegou até mim a poucos dias uma senhorinha simpática aparentemente de boa ídole. Ela estava com um pequeno livro nas mãos chamado "Manual de civilidade para moças". Me pareceu bem preocupada e carregando nas costas as dúvidas do mundo.Primeiro me perguntou onde ficava a padaria, bastante desinteressada, apontei sem me mexer para a direita onde fica a Casa do Pão. Quando pensei que estivesse satisfeita, ela me perguntou e As mulheres, onde ficam os dois buracos das mulheres? Sim por que neste ivro que tenho nas mãos, diz que nós mulheres temos dois buracos! Me pareceu bem preocupada. Eu sem me movimentar novamente apontei-lhe para os meios de suas pernas. Apontei-lhe a gruta. Digo gruta em alusão a um poema de Elisa Lucinda que ainda não decidi se gosto ou não. Aliás Elisa Lucinda para mim é uma incógnita às vezes gosto desgostando. Ela olhou na direção em que meus dedos apontavam e quando voltou a me fitar entreguei a ela o livro "Vaginas:Manual da Proprietária". Ela me pareceu desnorteada. Saiu rapidamente. Um olhar desatento poderia deduzir que a senhorinha estivesse indo para casa fazer um chá e tricotar um pouco enquanto assistia a novela das seis sobre uma gruta sagrada. Eu, já que tive tempo de pensar e observar acredito que ela ia em busca do primeiro espelho. Há, ela levou meu livro.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

10

Notícias de Jornal
A PSICOPATA E AS EXPLICAÇÕES SEM EXPLICAÇÃO. Duas velinhas e uma máquina de xérox Notícias de quando as mulheres não sabiam lidar com botões. MERCEARIA DO INFERNO VENDE OVOS PODRES : um reflexo da fragilidade da vida dos pintinhos em ambientes subordinados ao aquecimento global e às mazelas ambientais que Aracruz Celulose vem causando.FALAS DESPROPOSITADAS :os absurdos de quem pensa que seu trabalho é lixo e que acredita ser você a mais idiota das criaturas, além de te dar um pé na bunda quando aquilo que ela esperava já está em suas mãos. TRISTEZA : Mulher leva tapa na cara dado por homem pelo qual ela é apaixonada. VIZINHO ROUBA MÁQUINA DE CORTAR CABELO E SE TORNA BARBEIRO.

domingo, 13 de abril de 2008

9

meu teclado desconfigurou
o x virou m
e tá coxplemo de escrever
o a virou d
e nda ad mdis pra te escrever
cadê o ponto de interrogação (interrogação)

8

Os vizinhos não imaginam as coisas sórdidas que ela precisar fazer para receber de vez em quando uma massagem nos pés.

7

Passei tempo demais só passando...
olhei muito e ví bem pouco...
sorri e gozei de mentira também
sonhei que morri e acordei viva
viva demais
ademais
vida
só tenho uma mesmo
não sou gata
talvez rata
lagarta
nas paredes descendo
na diagonal andando
e
formando estrelas
o que crio me impede de ver

passo tempo demais só passando...

6

Na cama deitada desde ontem, fazem já quatorze horas que ela está ali, é um dia daqueles em que desejava ter dado uma morridinha. Olha pra cima e vê aqueles cartazes pregados nas paredes e no teto se desmanchando após terem apodrecido com a umidade da laje durante a temporada de chuvas. Eles secaram durante o verão e no outono estão caindo,em cima da cabeça dela.Um pozinho venenoso. Um pozinho de coçar nariz e que faz a cama ficar cheia de sujeirinhas que dão coceira.Essa é uma de suas neuroses, a cama tem que ser “batida” sempre antes de deitar, lençóis limpos são o ideal mas isso nem sempre é conseguido, às vezes por preguiça de trocar, às vezes por falta de disposição pra lavar aqueles que estão sujos,outras pra implicar seu amante que dorme na sua cama diariamente e nunca está disposto a trocar os lençóis. Isso é realmente irritante. Quando ele vem daquele jeito andando descalço no chão cheio de areia e senta na beirada da cama e roça um pé no outro pra tirar a sujeira. Isso por que ela grita – Limpa o pé!!
Quando está nesses dias é que entende a amiga que outro dia lhe disse estar com depressão profunda. Ela com empáfia perguntou pra si mesma: - Será depressão simplesmente falta de se fazer algo que gosta realmente? Depressão não é o contrário de felicidade? Será que dá pra ser simplista assim? No fim concluiu que sua amiga era uma coitada, que além de ter que se tratar com drogas tarja preta e trabalhar internamente suas próprias neuras tem que ficar convencendo a amiga “feliz” que tem depressão sim!. Que escrota eu sou, pensa ela. Mas peraí, eu não sou feliz! Será que isso me torna menos escrota? Às vezes das experiências mais sombrias fica tentando tirar coisas boas numa retomada moralista de raízes familiares onde sempre ouviu “o que não me mata fortalece”. Mas pra ela é fato que o que não a tem matado a tem endurecido. Sim, e tem morrido diariamente também. Fez um protesto estes dias, entrou num lugar onde viveu durante anos e arrancou tudo que tinha colocado nas paredes. Tudo mesmo, o que não deu pra arrancar riscou com um caneta pilot preta. Ao final do ato olhou ao redor e pensou, putz, essas pessoas não gostam de coisas nas paredes, por que, agora que tirei o que pendurei não sobrou nada! A conclusão a que chegou foi de que se não gostam de coisas nas paredes não vão sentir falta do que ela tirou e talvez sintam até alívio, e se isso for verdade então o que ela fez não foi um protesto, foi um favor. Isso desconfigura sua ação e a torna apenas uma louca desesperada arrancando coisas velhas das paredes dos outros enquanto em sua casa os cartazes de velhos e úmidos caem sobre sua cabeça.

5

tava precisando ser menos casada
menos nora
menos filha
menos tia
menos irmã
precisando ficar a deriva
ver se por acaso me encontro pelo caminho
me digo oi como vai
só por educação
me olho por alguns minutos como no espelho do banheiro
pensando naquela imagem estranha
como a do ator que olho há anos
e que nunca vi
um olho
boca
nariz
estranhos
sensações iguais

ia me esquecendo
menos neta também

sábado, 12 de abril de 2008

4

Ele ordenava que ela se sentasse e calasse a boca enquanto a chamava de vagabunda, lhe dizia coisas como – Não sou seu macho pra que me trate assim, não sou seu moleque. Ela pensava não se preocupe, meu macho não trato assim. Isso ela pensava enquanto dizia pra ele que lhe desse aquele tapa na cara se fosse homem de verdade. Durante alguns segundos pensou em como devia tratar seu macho com leves carícias no pescoço e massagem nos pés, afinal, é dando que se recebe. Em meio a gritos estéricos de uma irmã e orações de sua mãe algo na TV chamou a atenção de todos na sala fazendo com que os ânimos se dispersassem. Neste momento na sala já se ouviam mantras de agradecimento. Antes mesmo de receber a benção solicitada. Ela e seu pai já não se importavam mais. Já haviam deixado de lado toda aquela bronca.Em seguida ela foi pro banheiro e sentada no vaso refletiu por alguns minutos sobre seus traumas de infância, ouvia lá fora a voz dele já mais calma dizendo a toda a família presente na sala, inclusive tios e primos distantes, que aquilo não podia continuar e que ele não permitiria...ela sentada ouvia o discurso patético de quem só sentiu o orgulho ferido por ter perdido ou talvez nunca encontrado a autoridade tão desejada. Ela deu uma gargalhada lá dentro e o silêncio se fez na sala , acabara de se lembrar de quando tinha 13 anos e ele a chamou de puta ou algo assim. Pixou na porta do quarto a frase “Quarto da vadia, favor bater.”

3

sobre jogos
romances
sexo mal feito
e
gozadas não dadas
não estou preparada a falar
que tal falarmos de alguma questão social
sem jogos era o que eu queria fazer...
amanhã então conversamos sobre tudo e depois você diz que sim tudo bem,
eu ouço smiths e a trilha sonora de amelie poulain...ótimo
sou eu mesma falando aqui
sim sou eu
oi
como vai
bem
hum, só perguntei por educação
quer jogar
o que
sei lá
pique alto
legal
tá com você
sacana, você tá no meio fio
e vou continuar aqui
desce
não
te empurro
não vale
não brinco mais
perdeu
quem decidiu isso
eu, só tem nós dois aqui
desce
sobe
tá bom
e agora quem pega a gente
a gente pode se pegar mutuamente
não dá
por que
nós dois estamos no alto
não vai começar de novo
por que você sempre acha que quero discutir a relação
por que você sempre quer
não
sim
às vezes

2

senti que tava com você
contei até dez
respirei fundo
do canto do muro olhei pelo buraquinho da lojota
ok
tudo bem
posso então correr até o muro e dizer cheguei
e você então diz meu nome com pressa
querendo parecer que me viu antes de eu me entregar
pega pega já cansou
vamos brincar de pique alto

1

pensei em escrever sobre algo a meu respeito
entende
sobre algo a meu respeito
despeito meu mesmo
egocentrismo puro
um que delícia